sexta-feira, 2 de julho de 2010

Enfim...

Há que se ter ética e controle dos impulsos ilícitos mais primitivos da mente quando se tem a informação já pronta para o que se deveria criar. Se a fraqueza de caráter não é a questão, é imperativo não se mostrar ignorante ao conhecimento já produzido ao longo dos séculos. Ignorante no sentido de ignorar, não procurar saber sobre.

A internet nos abriu um mundo de opções, mas também, a pior opção possível: a da cópia promíscua. A informação vai com todos e se multiplica, se replica, se copia sem piedade. Ao alcance de um clique temos uma tese de dissertação completa nas mãos... Copiar ou não copiar: eis a questão! E não é só a informação propriamente dita, pois até layouts e programas para sites iguais estão sendo levados aos tribunais.

E a própria Rede que proporciona a cópia, também tem uma outra função: a de tornar público o plágio, pois as condenações estão publicadas para que quiser ver e dão o exemplo do cumprimento da lei na proteção à autoria e à propriedade.

Na maioria dos casos, há que ter ética, mas em outros, mais informações. Este é o caso de Xuxa, por exemplo, que “entrou de gaiata no navio” e não tinha a menor idéia de onde saíam as brincadeiras de seu show, que foram sugestões de uma telespectadora. Xuxa acabou co-responsabilizada pelo uso indevido que sua produção fez do material, o que é um exemplo de quanta cautela há que se ter quando o assunto é a produção da informação que não é original.

Porém, depois de Adão, nada é original, sempre é referência do próximo, que pode ser plágio do anterior... ou a isso damos o nome de intertextualidade, que faz o recheio do que somos e pensamos?

Se somos o produto da intertextualidade com o outro, então o que somos tem o outro dentro e somos o próprio plágio...

Se pensarmos assim, nada é de ninguém, pois sempre haverá a idéia do outro na nossa idéia. Então, nós os absolvemos, Shakespeare, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Roberto e Erasmo, Amado Batista e muitos outros noticiados até agora.
 
Mas, se o plágio é intencional, indica lucro, posse de algo que não se teve a capacidade de fazer, condenamo-os! Nós e a Justiça, pois a lei é clara.

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